domingo, 30 de setembro de 2007

Luz Eterna


Encontrara-me na substância do silêncio com meros movimentos durante enigmáticos dias que sucederam até o pulsar das primeiras ordens mágicas que seguirão por minha eterna vida. Um esforço fez-me suportar a luz intensa dos cosmos, como se não estivesse à altura de entender tal claridade. Surpreendida pela magia destes, reflexos de luz descera aberto e superior de onde via-me cega por específica incompreensão guiada por uma obstinação de sonâmbulo, como se o tremor do meu corpo já não existisse mais, apenas o caminhar de meus passos, lentos, para a direção do terreno reluzente de uma vida fundamental. Com um suspiro, de quem voltasse a si mesmo, encontrara a sombra vacilante, movimento ausente, o qual induzia-me ao refúgio calado e bruto. Captara um princípio no Mundo feito da mais pura harmonia, repleto de elementos que ultrapassam meu silêncio.
Quando adentrei no terreno, sozinha, senti a solidão, da ausência do perfeito amor em minha vida, não tive outra escolha a não ser gozar o vasto vazio de mim mesma. Preparara meu ninho naquele Mundo rudimentar de folhas mortas se decompondo, andorinhas que não voavam mais, lagartas rastejando pela terra seca e áspera. Acompanhara todos os movimentos com a boca entreaberta. Ninguém seguira os passos de ninguém: a lagarta suja de poeira se compreendia assim que se enroscava. Ali era o escuro ar de que vive uma coisa viva.
E eu, tão somente eu, sentada no terreno, envolta pelo silêncio sombrio, chegara a me apavorar. Cercada de seres vivos inanimados, esperava a Luz da eterna vida resgatar-me, para então, poder guiar meus passos.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

PASSAGEM


A vida transparece atos inteligíveis, surpreendentes. Meu corpo ganha um novo impulso. Os passos difíceis o ultrapassam como a agudez que a fome dera em minha percepção; não deixei-me ludibriar. Uma vaga promessa de luta que consegui manter por um instante, parecia eterna. Tive a sensação de força que tomou conta da minha Alma, cobriu minha testa de suar frio. Minha boca farta de pensamentos mais baixos e sujos fazia minha fome acender meus olhos em grande malícia e meus lábios se umedeciam pela intensa vontade do beijo.
Limpo minha face das lágrimas que restaram; alguma coisa pessoal diz dentro do meu íntimo (inteiro segredo do meu Ser), no qual não posso revelar. Tudo era estimulante, perigoso, gozando ares proibidos de um único momento de ambas as Almas. Lutava pela fome, o entorpecimento e a felicidade, estava totalmente à tona e exposta. Passando a língua pela boca cheia de desejo imaginava sua cara estremecida de sensibilidade que meu pensamento dera ao seu rosto, sem misericórdia, mas Ser desconhecido.
Hoje o céu está mais baixo e mais limpo; tornou-se mais macio. Recebi o milagre vindo do além, como se fosse único passo natural ao meu encontro. Amanheço com o vento e o silêncio que me rodeia, como se fossem mestres por saberem com experiência, que a “passagem” era uma das muitas cenas a serem esquecidas, o elo em que me escapara. Sustentei com esforço esta minha sina. Agora, gozo a limpidez dos meus olhos, com minha própria Luz.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

FRACTAL


Dia sem névoa,
Apareço em tua janela
Como um Fractal
Nesta imagem surreal
Da paisagem sideral.
Dia cru,
Sem névoa
Apenas “eu” Fractal
Rolando adentro quarto
Como uma bolinha de algodão
Mostrando meu aspecto algodoento
Todo o tempo.
Tempo de Primavera,
Tempo único
Do surgimento do “eu” Fractal
Neste espaço de coisa a coisa
Escuro e claro
Que vou rolando
Perante teus olhos
Derretendo
Como água aberta do Oceano...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

BlogBlogs.Com.Br

VAMPIRA


Quero sugar teu sangue
Dentro de tuas entranhas
Deixando-me completamente insana.
Quero engolir tuas membranas
Sentindo cada parte do teu corpo
Vivo
Perante meu tato morto.
Quero extirpar tua pele
Habitando teu “EU”
Dentro do meu “EU”
Sem te ferir
Quero te possuir
Absorver teus fluídos
Mais fantásticos
Deixando-me alucinada com tua essência,
Que me mata de êxtase.
Quero ter as mais inusitadas sensações corpóreas
Que por ti,
Já sinto.
Quero concretizar este Mundo de existência eterna...
Quero Teu sangue no Meu
O meu no Teu
O Nosso.

sábado, 22 de setembro de 2007

SILÊNCIO


Eterno silêncio dos espaços infinitos que nada dizem habitam dentro de mim...
Largo-me na cama com medo
Oro e rezo o terço
Para atrair a simbologia desse apreço

Largo meu espírito na onda dos cosmos que me rodeiam

Beleza e dor

Maldades e amor

Consciência com terror

Corpo com tremor

Abro a porta principal da minha razão
Ela desgosta e entra em atrito com minha emoção

RAZÃO X EMOÇÃO

EMOÇÃO X RAZÃO

Qual será a perfeita equação
Da soma de vidas encarnadas
Separadas por miasmas
Vinculadas por arestas infindas
De mentes transcendentais
No Planeta Ar
Planeta Água
Planeta Fogo
Planeta Terra

PLANETA AMAR

?

.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Sofrimento X Alegria

O Sofrimento dói
Traz agonia
Aí, vem a Alegria
Iluminando nossos Halos
Com muita Harmonia
O sofredor, sofre
Envenenado com sua dor
O feliz
Sorri
Irradiando sua cor
Sofre, quem quer
Descontente com sua Vida
Permitindo desgostos
Impiedosos
A Alegria trás Vida
Vida com Surpresas

MAGIA

AMOR

REALEZAS!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

"Paciência"

"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de Calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de Alma
A Vida não para...

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa
A Vida é tão rara...

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura, eu finjo que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O Mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do Mundo
E o Mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber?
A Vida é tão rara...tão rara...

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de Calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de Alma
Eu sei...
A Vida não para...
A Vida não para não..."


Lenine

Pulsão

Estou na platéia
Assistindo ao fim do Mundo...
Não sei o que me espera.
Conhecedora de meus desejos
Vou rumo ao que almejo.
Minha boca aberta
Expande no ar os meus dizeres
Que pretendo invocar
Sobre vendavais,
Devagar,
Fazendo meu sangue pulsar
Imprimindo minha vividez
Sobre este olhar
Que está aí
A me desafiar!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

VERDADES OCULTAS


Meu quarto abriga minhas verdades,
Templo do meu Ser
Aonde desenvolvo raridades
Buscadas no fundo do meu querer.

Deixa-me cega por instantes
Este meu quarto sombrio
Cheio de estantes
Que acolhe pavios
Curtos, de velas passadas...

A poeira se afasta
De todos os cantos ermos
Despertando espíritos, que se alastram.

Neste espaço de momentos
Sinto minhas verdades
Mais profanas, feitas de vaidades
E nunca de maldades.

Invadindo meu Ser
As verdades falam, gritam
Pois não querem desaparecer

Aceito-as com minha inteira razão
Protegendo-as com meus passos
Elevando completamente minha emoção
Recebendo uma flechada em meu coração!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

A sua espera...

Em minha posição pacífica e sedimentada
fico a esperar
por minha alma amada.

"SINS"

"Eu nunca faço escolhas
Eu quero sempre tudo
Eu digo sempre sim
Eu não me confundo

Eu vou logo aceitando
Eu peço sempre muito
Eu quero ver o fundo
Eu não vacilo

O tempo todo eu mudo
Eu não duvido
Eu nunca nego restos
Eu não decido
Eu quero

Para estar em movimento
Invento alvos
E finjo que estou perto
Eu só minto pra mim mesma

Atrás de frequências, potências, clarezas
Desenho falsas retas
Falseio novas rotas
Por onde pulsa a minha pressa

Eu não duvido
E sim eu disse eu quero sins, eu quero."


Adriana Calcanhoto.

domingo, 16 de setembro de 2007

HOJE É O MEU DIA!!!


PAZ E AMOR PARA MIM E PARA TODOS OS SERES DA TERRA!!!!!!!!

VIVA!!!

TAM TI TAMMMMMMM...RSSS....

.

sábado, 15 de setembro de 2007

Poesia no Júri


Quanta ilusão!... O Júri mostra-se esquivo.
Um surdo anseio pela oração do pérfido advogado
Que, mesmo mascarado, compara-se ao Diabo
Na defesa de seu Réu; no manto deste véu.

Joel, réu reincidente
Estava tão nervoso perante os jurados
Que não conseguia evitar roer seus dentes
Envolvido por uma secreta curiosidade aflita
Fazendo com que perseguisse Anita.

Na calada da noite,
Embriagado por suas “biritas”
Encontrava-se na mata
Junto com Anita.

Tinha sido cometido um assassínio
Surgido da atitude explodida
Pelo mistério que revestiu
A explosão, como a ocorrida.

Pobre coitado
Estava endiabrado!

Estuprou, espancou, esquartejou a inocente Anita
Joel, estava possuído por um turbilhão de emoções indomáveis
Revelando sua ira, agravando sua pena
Através de atitudes tardias.

Em sua marcha deixada pelos vestígios
Provas, não faltam para condenar este insensível
Plena evidência dos fatos
Que no terreno ficou, pelos frescos rastros.

Tem dúvida ainda prisioneiro?
Tomba perante o Júri e confessa de joelhos
Você já está condenado
Pelo Universo inteiro!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

FRÁGIL


Sinto-me pequena
Diante de tuas mãos,
Como se fosse um Liliputiano.
Talvez, viver em Lilipute
Seria uma forma de ser feliz
Afastando-me de tuas grandes mãos,
Pois não tenho capacidade de alcançá-las
Ou ao menos, tocá-las
Às vezes, por ser uma mera aprendiz...
Sinto-me transparente diante de teus olhos
Como se estivesse num deserto cheio de sentinelas...
Tuas mãos se afastam de mim a cada suspiro,
Teu mundo paralelo ao meu
É uma órbita surreal que transcende em minha Alma
Estarrecendo meu coração pelo desprezo...
Desmaio em tuas mãos, diante desta opressão
Sem necessidade de humilhação.
Fatos ocorrem pela verificação natural
Produzida pelas nossas atitudes
Destinadas para eterna beatitude.
É o que desejo,
Felicidade
Que aspiro dentro do ensejo
Perante esta vida
Que tanto almejo!

Pobre Joaquina



Joaquina vive nesta incerteza
De ser ou não ser
Porque o ser, mata sua Alma de desgosto
Mas ao mesmo tempo
Dá-lhe um poder.
O não ser, deixa-a insatisfeita
Aumentando sua vontade de querer
Ser ou não ser??
Poder...
Querer...
Como saber?
Sente-se indigna por seus conflitos internos
Surgidos desde o berço materno
Menina pequena, ontem.
Moça mediana, hoje.
Mulher herdeira, amanhã.
O que fazer??
Se o despertar do saber, não surge...
Como florescer?
Joaquina chora por sua Alma...
Lamenta a dor de sua mente
Que mais parece, uma tormenta...
Querer ser??
Ou possuidora deste poder???

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Anjo Sem Asas


Carrego um Anjo,
Anjo sem asas
Vivendo sua Vida de páginas
Que passam pelas estradas...

Estradas da Vida

Com muitas idas...

Idas, idas...

Marcando protegidos
Suspendendo ofendidos

Por isso, Anjo sem asas
Não voa mais
Flutua no mar das desgraças humanas

Sendo sugado pelos malfeitores
Feitos sem amores
Encarnados com seus rumores...

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Miragem ou Realidade?


Adapto-me ao que vejo
Busco o que desejo
Diante dos meus olhos,
Olhar nítido para o amarelo dos Girassóis.

Ou Tulipas??

Miragem...
Vinda do deserto de minha ilusão
Tão forte que gera uma louca fusão

Digo NÃO.

Aí, vem a suposta Realidade
Transbordando-me de felicidade
Existente no fundo do meu ímpeto.

Trazendo-me delírios
Como se estivesse congelando em um campo de lírios
No qual mergulho adentro do solo das poesias
Realidade, cheia de melancolias...

A Miragem me traz alegria
Instantânea
Momentânea
Oculta em minha vida real

Fazendo-me sentir em uma jaula
Trancada com sete chaves
Guardadas dentro do seu cofre.

Sedutora reflexão
Convergindo meus pensamentos
Para um maravilhoso acalento
Ausente em minha vida pelo seu desatento

Volto a Realidade
Triste
Vazia.

Ignoro a Miragem
Fictícia
Branca e preta.

É...assim.

Ponto
.
Vírgula
,
Exclamação
!
Reticências
...
Interrogação
?

( )

Ponto
.
Vírgula
,
Exclamação
!
Reticências
...
Interrogação
??

( )


( )


.

Fim.

!
?
...

terça-feira, 4 de setembro de 2007

O Sentido da Coruja em Minha Vida


Quando era pequenina
Não entendia o sentido da vida
Vivia perguntando para mamãe: o que era isso, o que era aquilo...
Por mais que meus pais fundamentassem suas respostas,
Parecia que eu não obtinha informações novas
A influência vinda da natureza era exorbitante
Não me deixava quieta, nem por um instante
Minha compreensão sobre tudo era limitada
No fundo, parecia que eu não entendia nada
Absolutamente NADA!
Apenas sentia...
Sentia, sentia, toda aquela energia
Que se manifestava pelas minhas expressões.
Uma certa noite de sono,
Sonhei que estava voando...
Esse sonho sucedeu-se desde então
Era sempre igual
Encontrava-me em uma planície juntamente com alguns parentes, amigos, ou mesmo desconhecidos
Estávamos discutindo algo polêmico
Quando minhas palavras iam se revelar
Eu começava a levitar
Saindo de lá voando, voando...
Acordava com uma sensação boa e leve
Mas algo errado dentro do meu peito,
Um vazio.
Fui em busca da interpretação deste sonho
Procurei tarólogos, astrólogos, numerólogos, psicólogos, espíritas...
E...nada...
Cada um explicava-me de maneiras distintas
Deixando-me ainda mais confusa...
Decidi ir em busca do AMOR...
Amores perigosos, amores proibidos, amores desgostosos...
Sem respostas...
O sonho permanecia
O vazio me corroia
E eu nessa busca contínua...
Até que um dia,
Uma coruja me deu um rasante
Pousando no Ipê da minha rua
Fiquei assustada a princípio
Pois quase, ela arranca meus cabelos, ai, ai, ai...
Olhei para ela; freneticamente me encarava
Parecendo olhar minha alma
Um frio subiu-me pela espinha naquele exato momento
Incrivelmente, algo mudou em minha vida
Desde então, não sonho mais que estou voando...
Hoje, sinto mais meus pés no chão
Uma certeza dominou minha alma
E uma força tomou conta do meu coração!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Ovinho


Pois donde nasceu este Ovo?
A galinha deu um “piu”
Parece em ponto de vôo

Pois nascendo este Ovo
Pensa a galinha
Renascerá sua Vida
E começará um novo rumo
Fresco como o despertar do dia

Do Ovo vem o Amor
Amor em cor
Não feito de dor
Apenas de Amor
Amor, Amor

A galinha choca o Ovo
Ovinho
Representação de seu “filhinho”
Filhinho dentro do seu ninho
Ninho de Amor
Vindo do Ovo

Com o chocar deste Ovinho
Nascerá uma Vida
A tão Bela Vida de Amor
Cheia de Cor
Cor de Amor!

sábado, 1 de setembro de 2007

Você e Eu, Eu e Você


Vivo em um paradigma arquitetônico de ir e vir

Desejando apenas Você; permanência em meus Sonhos

Plena fixação de sua Essência não sentida

No correr desta Vida

Araucárias gigantes

Habitat dos Falcões

Transcendendo Corações

O Meu
O Seu
O Nosso

Encanto de Almas
Cheiro de Amor

Máxima Clarividência no som do Poente

Trêmula avidez dentro do meu Ser

Coração faminto por Você

Para equacionar a Profecia de nossa Luz

Que, com tanto Amor, frente a todos, Reluz

Nesta atmosfera de Júbilo

Você é Meu Oásis

Eu sou Seu Rubi

União de Forças Celestiais Suprema.