sábado, 15 de setembro de 2007

Poesia no Júri


Quanta ilusão!... O Júri mostra-se esquivo.
Um surdo anseio pela oração do pérfido advogado
Que, mesmo mascarado, compara-se ao Diabo
Na defesa de seu Réu; no manto deste véu.

Joel, réu reincidente
Estava tão nervoso perante os jurados
Que não conseguia evitar roer seus dentes
Envolvido por uma secreta curiosidade aflita
Fazendo com que perseguisse Anita.

Na calada da noite,
Embriagado por suas “biritas”
Encontrava-se na mata
Junto com Anita.

Tinha sido cometido um assassínio
Surgido da atitude explodida
Pelo mistério que revestiu
A explosão, como a ocorrida.

Pobre coitado
Estava endiabrado!

Estuprou, espancou, esquartejou a inocente Anita
Joel, estava possuído por um turbilhão de emoções indomáveis
Revelando sua ira, agravando sua pena
Através de atitudes tardias.

Em sua marcha deixada pelos vestígios
Provas, não faltam para condenar este insensível
Plena evidência dos fatos
Que no terreno ficou, pelos frescos rastros.

Tem dúvida ainda prisioneiro?
Tomba perante o Júri e confessa de joelhos
Você já está condenado
Pelo Universo inteiro!

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